segunda-feira, 13 de junho de 2011

INIBIDORES DE APETITE EM DEBATE

Veja o Hotsite da Anvisa sobre Inibidores de Apetite. Apresenta artigos, entrevistas, notícias, opiniões e um histórico do processo recente de avaliação do uso de medicamentos anorexígenos. 


E amanhã (terça-feira, 14/06) ocorre o Painel Técnico Internacional sobre Eficácia e Segurança dos Medicamentos Inibidores de Apetite. O evento reunirá especialistas, cientistas e profissionais de saúde para avaliar a permanência dos inibidores de apetite no mercado. O debate vai abordar aspectos relacionados à segurança e eficácia dos medicamentos sibutramina, femproporex, anfepramona e mazindol.



ANVISA ALERTA SOBRE O CONSUMO DA "RAÇÃO HUMANA"

A Anvisa publicou no último dia 20 de maio um informe técnico declarando que pessoas que substituem refeições pelo consumo da chamada “ração humana” estão colocando a saúde em risco. De acordo com a diretora da Agência, Maria Cecília Brito, “a substituição de refeições sem a orientação de profissionais de saúde pode gerar danos, como a anemia, devido à carência de nutrientes”.
As formulações, popularmente conhecidas como “ração humana”, são, geralmente, compostas por mistura de diferentes cereais, farinhas, farelos, fibras e outros ingredientes, como: guaraná em pó, gelatina em pó, cacau em pó, levedo de cerveja, extrato de soja, linhaça e gergelim.  “O consumo de produtos com alto teor de fibras, como misturas de cereais, farinhas e farelos, deve estar inserido no contexto de uma alimentação diversificada e saudável”, orienta a diretora da Anvisa.
O informe técnico ainda destaca que a expressão “ração humana” não pode ser utilizada como denominação de venda desses produtos. Isso porque o uso dessa expressão pode gerar dúvidas nos consumidores, uma vez que não indica a verdadeira natureza e característica desse alimento.


Além disso, alegações de propriedades medicamentosas, terapêuticas e relativas a emagrecimento não podem constar do rótulo ou material publicitário do produto. “Vale destacar que não é permitida, na formulação de alimentos, a utilização de substâncias farmacológicas e fitoterápicas, tais como ginseng, ginkgo biloba e sene”, afirma Maria Cecília.
As empresas que não cumprirem as exigências estão sujeitas a pagar multas de até R$ 1,5 milhão.
Fonte: Anvisa

quinta-feira, 9 de junho de 2011

LEVANTA POH!

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ABAIXO-ASSINADO CONTRA MC DONALD'S "AMIGA DA SAÚDE"

Apesar dos índices de obesidade e doenças crônicas estarem crescendo cada vez mais no país, o Ministério da Saúde acabou de fazer uma parceria com o McDonald's. 

A rede de lanchonetes recebeu a classificação de "empresa amiga da saúde" após aderir às campanhas de "promoção da saúde" do Ministério. Com isso, o McDonald's passou a estampar em suas toalhas de bandeja material educativo elaborado pelo Ministério da Saúde, junto com o lema "Amo muito tudo isso" e a marca da empresa. No verso do material, o McDonald's também incluiu o cardápio da rede e informações nutricionais.

Segundo uma nota publicada pelo setor do governo, "o Ministério da Saúde mantém parceria com 384 empresas brasileiras, de diversos setores, que nos apoiam em iniciativas de promoção da saúde e prevenção de doenças. A participação destes parceiros nos ajuda a ampliar o alcance e a visibilidade de nossas campanhas informativas, mas sem implicar endosso irrestrito do ministério às práticas e condutas das empresas".

Parece muito contraditório que uma empresa que vende alimentos supercalóricos, ricos em gorduras, açúcares e sal, possa entregar materiais que promovem uma alimentação saudável elaborados pelo governo federal.

O fato gerou protestos de ONG's e especialistas em nutrição. Podemos protestar contra a rede McDonald's ser "Amiga da Saúde" assinando um abaixo-assinado criado pela IBFAN BRASIL ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha.

VAMOS PARTICIPAR PESSOAL!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CAMPANHA PARA MATAR RONALD MCDONALD


Médicos americanos estão realizando uma campanha contra o McDonald's para que a empresa deixe de promover seus produtos entre as crianças. O principal objetivo do projeto, divulgado em uma carta aberta, é dar fim ao personagem Ronald McDonald, o que está sendo chamado como "a morte de Ronald".

A principal alegação é que os sanduíches da rede de fast food são ricos em sal, gordura e açúcar e são hipercalóricos, o que, obviamente, não faz bem para as crianças. Por isso, a carta também pede que o McDonald's deixe de incluir brindes no "Mc Lanche Feliz". Nos Estados Unidos, a obesidade infantil é um problema grave: uma em cada três crianças tem excesso de peso.

Mas a empresa não pretende atender aos pedidos dos médicos. Em um comunicado oficial, o McDonald's defendeu seu principal mascote, seus produtos e sua marca. "Como o rosto da Ronald McDonald House Charities, Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado", diz o texto.

EMBAIXADOR DO BEM? ENTÃO TÁ...

terça-feira, 8 de março de 2011

PROIBIÇÃO DE DROGAS ANOREXÍGENAS

A utilização de medicamentos anorexígenos é o centro de um debate acirrado entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - e as classes médica e farmacêutica. A Anvisa, que defende a proibição da venda de sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol no país, realizou uma audiência pública dia 23 de fevereiro em Brasília, para discutir a questão. Ao contrário do que estava previsto, a resolução sobre esse assunto foi adiada, sem previsão de prazo para a decisão.


Qual a razão para toda essa discussão?

Estudos científicos internacionais apontam para o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares em 16% em usuários de sibutramina, medicamento que recentemente foi retirado do mercado europeu, norte-americano, canadense e australiano. O femproporex, que é transformado em anfetamina no organismo, apresenta efeitos colaterais seríssimos, entre os quais estão a indução de quadros psicóticos e sérios riscos cardiovasculares. Juntamente com o mazindol e a anfepramona, tem relação risco-benefício bastante desfavorável e já são proibidos na maioria dos países há muitos anos.

A alegação dos médicos é de que esses medicamentos são uma alternativa de tratamento para pessoas obesas, e que a utilização dos mesmos oferece mais benefícios do que riscos à saúde desses pacientes.

O que posso perceber em relação à utilização desses anorexígenos, é que na maioria das vezes as pessoas que fazem uso dos mesmos alcançariam o objetivo de emagrecimento se mudassem seu estilo de vida, adotando hábitos como a prática de atividade física frequente e uma alimentação mais regrada. Porém, muitos médicos antiéticos receitam sem ao menos conhecer a história clínica do paciente.

Tenho recebido em meu consultório muitos pacientes que já utilizaram essas medicações. A grande maioria relata que perdeu peso muito rapidamente, sem dieta ou exercício físico. Entre os sintomas que sentiram estão taquicardia em repouso, muita ansiedade e irritação, dificuldade para dormir e se concentrar, dores de cabeça, entre outros. Alguns nem conseguiram prosseguir com o uso por mais de uma semana.

Da mesma forma, podemos observar que grande parte das pessoas que perderam peso recuperaram após parar de administrar o medicamento, quando não engordaram mais do que antes de tomá-lo. E geralmente, os quilogramas voltam na mesma velocidade com que se foram... A partir daí, vem uma dificuldade imensa para perder peso novamente, mesmo com dieta e exercícios físicos.

Com todos esses aspectos prejudiciais da utilização dessas drogas, e com a prescrição livre e escancarada que está ocorrendo, será que não vale realmente a pena proibi-las? Qual a sua opinião a respeito?