NUTRIENTES ENVOLVIDOS NO COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL

Doença silenciosa e cada vez mais comum devido aos hábitos da vida moderna, a hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, atinge uma em cada quatro pessoas adultas. Após os 60 anos, esse número cresce, chegando a mais de 50%. É responsável por 40% dos infartos e 80% dos derrames, e ocorre quando a medida da pressão se mantém freqüentemente acima de 140 por 90 mmHg. 

Há vários fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física. Os sintomas frequentes são dores no peito e de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

Um estilo de vida saudável é indispensável para a prevenção e tratamento da pressão elevada. Entre os aspectos alimentares mais importantes, podemos citar a importância da redução do consumo de sódio. Além do sal de cozinha adicionado às refeições, podemos ressaltar o fato da maioria dos alimentos industrializados conterem sódio em sua composição - acreditem, até alguns adoçantes possuem sódio!

O que a maioria das pessoas não sabe em relação à hipertensão é o valor que a ingestão de outros nutrientes tem no desenvolvimento da doença:

• Resumidamente, o magnésio ativa a formação de óxido nítrico, que é uma substância vasodilatadora (provoca a dilatação dos vasos sanguíneos), tendo um efeito direto na diminuição da pressão arterial. São boas fontes de magnésio: grão de bico, feijão branco, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), vegetais verde escuro (brócolis, espinafre, couve), gérmen de trigo, etc.

• O cálcio também atua na regulação da pressão arterial. Baixos níveis de cálcio são associados à elevação da mesma, e muitos estudos tem mostrado que a suplementação desse mineral ajuda a diminuir levemente a pressão em hipertensos. Latícinios, espinafre, brócolis, sardinha e oleaginosas contêm cálcio em sua composição nutricional.

• Estudos indicam que dietas ricas em potássio, sendo as principais fontes frutas e vegetais, parecem exercer um efeito positivo no tônus vascular, devido à redução da pressão sanguínea.

• A deficiência de cobre está associada a alterações da pressão arterial. Pacientes com hipertensão apresentam diminuição na atividade da enzima antioxidante SOD, a qual é produzida naturalmente pelo organismo e dependente desse mineral. Alimentos com cobre: ostras, mariscos, pães e cereais integrais, folhas verde escuras, castanhas e chocolate.

• A regulação da pressão também é afetada pela vitamina D em nosso corpo. Em um estudo conclusivo a respeito, os baixos níveis sanguíneos da vitamina aumentaram o risco para hipertensão em cerca de 6 e 3 vezes em homens e mulheres, respectivamente. A vitamina aparece na manteiga, nata, gema de ovo e fígado, e também é formada na pele após a exposição solar.

•  Além do magnésio, a arginina, um aminoácido presente principalmente nas nozes e castanhas, também é responsável pela produção de óxido nítrico no organismo, apresentando ação efetiva contra a hipertensão.

Portanto, podemos perceber o quanto é indispensável uma alimentação saudável e bastante variada no tratamento e prevenção da pressão arterial elevada. A escolha de alimentos com baixas quantidades de sódio e altas doses dos nutrientes anteriormente citados pode fazer grande diferença na saúde de nosso coração e vasos sanguíneos.

OBS.: A indução exagerada à produção de óxido nítrico pode ocasionar o efeito contrário à vasodilatação, como vasoconstrição e elevação da pressão arterial. Por isso, atenção aos suplementos com megadoses de nutrientes.